O grito de guerra “Geronimo!” ecoa há décadas entre os pára-quedistas, mas poucas pessoas sabem sua origem surpreendente. Viaje no tempo conosco para descobrir como um ato de bravata no calor da Geórgia deu início a uma tradição militar que dura até hoje.
Raízes na Segunda Guerra Mundial
No início da década de 1940, o Exército dos Estados Unidos estava testando o conceito de saltos de paraquedas como forma de deslocamento de tropas. Um grupo pioneiro de 50 soldados, conhecido como Pelotão de Teste de Pára-quedas, treinava arduamente em Fort Benning, na Geórgia.
Após os exaustivos treinos, os soldados buscavam descontração no Main Post Theatre, assistindo filmes. Em uma noite de agosto de 1940, o filme em exibição era o western “Geronimo”, contando a história do famoso líder Apache.
Inspirados pelo filme, os soldados começaram a discutir o salto do dia seguinte, o primeiro em grupo. Muitos estavam nervosos, mas o soldado Aubrey Eberhardt, um musculoso georgiano de 1,80 metro, se gabava de não ter medo.
Provocando o Destino: Nasce um Grito de Guerra
Diante da incredulidade dos colegas, Eberhardt fez uma promessa ousada: no momento do salto, ele gritaria “Geronimo!” com todas as suas forças. No dia seguinte, Eberhardt cumpriu sua palavra, e seu grito ecoou pelos céus.
Motivados pelo exemplo, os demais soldados também adotaram o grito de guerra nos saltos subsequentes. Assim, nascia uma tradição que se perpetuaria.
“Geronimo”: Mais que um Grito, um Símbolo
No ano seguinte, a primeira unidade oficial de pára-quedistas do Exército, o 501º Batalhão de Infantaria Pára-quedista, adotou “Geronimo” como lema de sua insígnia. O nome foi escolhido após o comandante da unidade localizar descendentes do lendário Apache e obter sua permissão.
Após a Segunda Guerra Mundial, o Exército proibiu o grito durante os saltos, temendo que revelasse a posição das tropas. No entanto, a forte cobertura da mídia durante a guerra já havia fixado “Geronimo” no imaginário popular.
A Tradição Perdura
Embora o grito não seja mais usado em operações militares, a ostentação embriagada de Aubrey Eberhardt continua viva na cultura dos pára-quedistas. “Geronimo!” serve como um lembrete da bravura e do espírito aventureiro que definem essa tropa de elite.